Sarah McLachlan: a voz doce de Cidade dos Anjos
Ainda criança, Sarah McLachlan aprendeu a tocar piano clássico e teve aulas de violão e canto, mas seu primeiro instrumento foi um ukulele. Entrou na escola de arte na mesma época em que começou a fazer parte do grupo "October Game". Logo a gravadora Nettwerk Records percebeu o talento de Sarah e convidou-a para assinar um contrato. No início, ela preferiu continuar os estudos, mas em 1987, aceitou e mudou-se para Vancouver. O álbum de estreia, “Touch”, saiu em 1988 e teve distribuição da Arista Records.
“Touch” tornou-se sucesso no Canadá e foi lançado mundialmente em 1989. Dois anos depois, Sarah colocou nas lojas “Solace”, que mostrou o amadurecimento profissional da cantora e compositora. Foram 14 meses de promoção do disco, interrompidos pela participação de Sarah em um documentário sobre prostituição infantil e pobreza no Camboja e na Tailândia. A experiência nos dois países serviu de inspiração para escrever o próximo disco, “Fumbling Towards Ecstasy”. Alguns singles foram para as paradas alternativas norte-americanas, como “Possession” e “Good Enough”, mas o grande estouro estava por vir com o disco “Surfacing”, que chegou ao segundo lugar da parada pop em 1997.
Embalado pelas músicas “Angel” (trilha sonora do filme "Cidade dos Anjos"), “Adia” e “Building a Mistery”, o disco chegou a vender mais de 10 milhões de cópias e fez com que Sarah recebesse dois prêmios Grammy em 1998, por melhor performance feminina de pop/rock com a canção Building a Mistery e melhor canção instrumental com Last Dance. Em 1997, Sarah criou e comandou o festival itinerante Lilith Fair, que reuniu apenas cantoras mulheres - como Sheryl Crow, Jewel, Meredith Brooks, Shawn Colvin, Indigo Girls, Paula Cole e Lauryn Hill. Em três anos de shows, o público reunido foi de 2 milhões de pessoas.
Ocupada com o sucesso, Sarah conseguiu lançar apenas um disco ao vivo dois anos depois, “Mirrorball”. A música “I Will Remember You”, que entrou na trilha sonora do filme “Os Irmãos McMullen”, fez Sarah levar o Grammy 1999 de melhor performance feminina de Pop/Rock. No ano seguinte, ela interpretou a canção “When She Loved Me” durante a premiação do Oscar, onde concorria pelo filme “Toy Story 2”.
Sarah chegou a colocar nas lojas um disco de remix, mas afastou-se dos holofotes para se casar com o seu baterista Ashwin Sood, em 1997 na Jamaica, e ter a filha, India Ann Sushil Sood, em 6 de abril de 2002. Foram seis anos longe do estúdio, até que surgiu “Afterglow”, que significa “brilho ou luz que permanece depois do pôr do sol” - um de seus mais belos trabalhos, na minha opinião.
Em setembro de 2003, a cantora comemorou três anos de Sarah McLachlan Music Outreach Program, instituição que promove educação musical gratuita a crianças. A comemoração continuou em 2004, com cinco indicações ao Juno Award, o Grammy canadense. Em outubro de 2006, Sarah lançou um disco de canções natalícias, Wintersong, onde figuram regravações de John Lennon (Happy Christmas (War is over)) e Joni Mitchell (River), bem como composições próprias (Wintersong). Esse disco foi indicado ao Grammy 2007 na categoria de Melhor Álbum Vocal de Pop Tradicional. Neste mesmo ano, Sarah ainda gravou a canção Ordinary Miracle para a trilha sonora do filme A Menina e o Porquinho (Charlotte's Web).
Em 22 de junho de 2007, nasce a segunda filha de Sarah e Ashwin, que recebeu o nome de Taja Summer, que significa corôa no idioma Hindi. Em 15 de junho de 2010, já com mais de 40 milhões de discos vendidos, é lançado o álbum Laws of Illusion, o primeiro de canções inéditas em sete anos. O ano de 2010 também marca a volta do festival Lilith Fair, sucesso da década de 90.
Seu mais recente álbum, Shine On, foi lançado em 2014 e segue em turnê até hoje. Diferente de Afterglow, o álbum Shine On tem uma sonoridade mais pop e folk que, ainda assim, agrada e encanta.
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Texto originalmente publicado em: https://www.diegodeoxossi.com.br/home/sarah-mclachlan-a-voz-doce-de-cidade-dos-anjos